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Esse blog é um espaço para a reflexão de como podemos fazer para Viver de Teatro.
É possível? Vale a pena?
Espero que meus relatos e os comentários postados aqui por vocês possam servir de debate nessa discussão.



sábado, 10 de julho de 2010

Cia Cornucópia em minha vida

Ser ator é algo complicadíssimo. Para se jogar de corpo e alma nessa profissão é preciso muita PAIXÃO. Amar loucamente e sofrer por esse amor. Muitas vezes o cachê é baixo e as pessoas acreditam que sua realização profissional está ligada em aparecer na TV Globo. Muitos amigos dizem: “quando você estiver no Faustão...”


Ser ator é muito mais que isso. É a profissão que escolhi para a minha vida. É minha vocação. Por isso, evito entrar em trabalhos que não acredito. Passei a maior parte da minha carreira profissional como professor por faltar um bom convite como ator.

Dentre os trabalhos que fiz vou me ater a citar alguns, poucos, mas importantes. Em Cajuru, enquanto trabalhava como professor de Teatro na Casa da Cultura fui convidado pelo diretor Dino Bernardi, grande influência, para atuar em alguns trabalhos. Foi um período de muito crescimento. Além da exigência dele como diretor havia a minha para responder aos estímulos que ele me dava.

Em 2006 fui convidado por Dino Bernardi para integrar a Cia Cornucópia. Realizamos algumas reuniões e formamos um elenco muito bom. Ao meu lado estavam pessoas que eu admirava muito: André Cruz, Tânia Alonso, Renata Martelli, Karina Gianecchini. Logo no início de nossa pesquisa com o espetáculo não concretizado KRATZ fomos convidados pela prefeitura de Ribeirão Preto para montar um espetáculo para a Feira do Livro. Chamamos o Fabricinho, Juliano e minha ex-aluna Dani e fizemos A HISTÓRIA DO AMOR DE ROMEU E JULIETA de Ariano Suassuna.

Foi um sucesso a montagem. Pela primeira vez tive a sensação de estar no caminho certo do crescimento profissional. Diversas apresentações, excelente crítica no Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto, participações extremamente positivas em vários festivais e, finalmente, apresentações na Capital de São Paulo. Bons cachês e o êxito no trabalho não impediram que o elenco fosse se desfazendo. Um pouco em busca de uma linguagem mais autônoma, outros por discordarem da estrutura do grupo, enfim, cada um com seu motivo.

Hoje sou um admirador da Cia Cornucópia, por quem tenho um imenso carinho. Fico muito feliz quando vejo o querido diretor Dino Bernardi colocando no palco o enorme talento que tem e principalmente em investir em atores que estão no começo de suas carreiras, exigindo e tirando deles o melhor, lapidando cada jóia para que o brilho deslumbre a todos que apreciam um verdadeiro teatro.

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