Pode parecer discrepante falar sobre a solidão da nossa profissão, principalmente porque nos últimos ‘posts’ tenho escrito sobre a importância do trabalho em grupo, mas travamos uma diletante busca entre o trabalho coletivo, aquele onde eu necessito do outro, e o trabalho individual, onde eu acrescento ao grupo o MEU material.
Vejo alguns atores chegando nos ensaios extremamente vazios e numa atitude vampiresca se colocam como chupins sugando tudo o que os seus colegas oferecem como material de pesquisa. Como parasitas esperam de todos o que se deve fazer e são incapazes de tomarem a iniciativa, oferecer propostas.
É necessário que tenhamos um tempo nosso. Tempo para refletir porque eu faço essa arte? Porque decidi, através do teatro, expor às pessoas tantas coisas? Somente no silêncio da solidão artística podemos ouvir essas respostas.
É importante ressaltar que na solidão artística o ator estuda a sua personagem, questiona o texto, pensa na ação física e, depois, em conjunto coloca suas idéias em prática.
Bendito seja o trabalho em grupo, mas bendita seja a solidão inspiradora que nós, artistas, desejamos ter!
Merda! . !
Muito bem lembrado! rs
ResponderExcluirParabéns João Paulo, você expõe suas ideias de forma muito bem organizada nesse blog. Adorei! Rs
Irei acompanhar sempre agora...