Em 2007, junto com a turma Técnico Ator, iniciei como professor no Senac – Ribeirão Preto como docente na disciplina de Interpretação. Uma turma interessante, plural, com talentosos misturados com esforçados, e que resultou na montagem da peça O Santo Milagroso de Lauro César Muniz. Durante o andamento do curso recebi o convite para ser coordenador, organizando cronograma, analisando a proposta pedagógica do curso em andamento e agindo na relação dos alunos com a entidade.
Hoje o curso mudou de nome, chama-se Técnico em Arte Dramática por determinação do MEC e estou mais familiarizado com as burocracias exigidas e as dificuldades em se implantar um curso de teatro num espaço hostil à área cultural.
O que tem de muito bonito dentro disso tudo é o desejo, o brilho nos olhos, que a maioria dos alunos mostra. Essas coisas compensam aqueles alunos que querem que o curso, os horários e as disciplinas se adequem às suas vontades e alguns professores que insistem em conquistar seu espaço atropelando os outros.
Estar no Senac é motivo de muita alegria para mim. Pagamento em dia, direito a férias e registro em carteira é um privilégio para quem decide viver de teatro nesse país. Muitas vezes parece que nossa arte não é trabalho e que fazemos isso por amor apenas. É claro que somos apaixonados pelo nosso ofício, mas ser reconhecido, valorizado e remunerado faz parte da dignidade de quem dedica a vida para dar ao mundo um olhar artístico da realidade.
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